Relação Vasco e Crefisa se limita a São Januário; fundo árabe mira SAF

A Crefisa está interessada apenas em ter o naming rights de São Januário, e a SAF do Vasco da Gama interessa a árabes.

Pedrinho durante entrevista coletiva em São Januário
Pedrinho durante entrevista coletiva em São Januário

Conforme apurou o PVC , colunista do UOL , o Vasco já sabe que o empresário José Roberto Lamacchia não irá adquirir as ações da 777 Partners. O investimento da Crefisa será nos naming rights de São Januário após uma reforma. A opção à SAF que tem avançado é a de um fundo árabe.

O que aconteceu

A pressão interna no Palmeiras foi o principal motivo para Lamacchia não ir além dos naming rights. Sua esposa, Leila Pereira, é presidente do clube, busca a reeleição e a oposição a acusações de conflito de interesses diante das notícias de possível compra da SAF do Vasco. O empresário e o Cruzmaltino, porém, negaram conversas públicas no sentido de aquisição da Sociedade Anônima de Futebol.

O presidente do Vasco, Pedrinho, tem mantido conversas com um fundo árabe. As tratativas se intensificaram após a diretoria obter um liminar onde retomou o controle da SAF das mãos da 777 Partners.

Os árabes já haviam manifestado interesse no Vasco anteriormente. No entanto, a avaliação foi a de que a 777 Partners não estava disposta a fazer negócio, o que tinha feito o fundo recuar. O quadro, porém, mudou com a nova configuração da SAF e a disposição dos americanos em vender sua parte na Sociedade Anônima de Futebol.

O BTG Pactual e a XP também procuraram o Vasco recentemente em nome de outros fundos. As empresas são especializadas em intermediações de SAF no Brasil e concluíram esse tipo de transação na maioria dos clubes do país. Porém, o fundo árabe está à frente nas negociações com o Cruzmaltino.

A 777, porém, faz jogo duro. Não faz sentido que não queira vender, mas nos valores pedidos. A empresa norte-americana entende que valorizou a SAF do Vasco após pegá-la com o clube na Série B e conseguiu subir. Além disso, houve um aumento de receitas no período.

Estima-se que a holding esteja acenando com cerca de R$ 1 bilhão para a venda , sendo R$ 600 milhões referentes aos 31% que ela já adquiriu e mais R$ 400 milhões que se referem aos 40% que o Vasco retomou com a liminar.

A 777 entende que derrubar a liminar terá mais instrumentos para lucrar com a venda da SAF, já que possuirá, sob seu domínio, os 40% que ainda precisam ser pagos e que equivalem a R$ 400 milhões.

Lamacchia chegou a se reunir com o 777

Lamacchia chegou a se reunir com o 777 Partners. O representante dos americanos no encontro foi Josh Wander. A reunião aconteceu na última vinda do Norte-Americano ao Brasil, que aconteceu dois dias antes da estreia do Vasco no Campeonato Brasileiro, em abril. O executivo, aliás, não ficou para acompanhar a vitória cruzmaltina sobre o Grêmio, por 2 a 1, em São Januário.

O motivo da reunião foi para Lamacchia avaliar a possibilidade de compra da SAF. Wander, na ocasião, foi mostrado aberto à negociação e os valores foram discutidos. Instabilidades jurídicas, no entanto, fizeram com que as tratativas não dessem um o à frente e o empresário brasileiro voltou à ideia inicial de investir nos naming rights de São Januário.

O que torna a situação mais confusa é que Josh Wander, que se reuniu com Lamacchia, foi levado ao cargo de gerente da 777 nos últimos dias. Não só ele como Steve Pasko. Os dois são sócios-fundadores da empresa e tomaram a decisão após uma série de processos de fraude que a holding enfrenta pelo mundo.

A situação ainda causa reflexos na SAF do Vasco. Isso porque tanto Wander como Pasko integram o conselho de istração da SAF com mais três indicados pela 777, além do presidente associativo, Pedrinho, e seu vice, Paulo César Salomão.

A renúncia deles ao cargo, inclusive, virou instrumento jurídico na ação do Vasco contra a empresa. O associativo entende que a saída deles fere o contrato da SAF.

A 777 Partners enfrentou uma crise e contratou uma empresa especializada em falências. Na Bélgica, ela teve seus bens bloqueados por conta de dívidas com o Standard Liége, que também faz parte da carteira de clubes da companhia.

A principal motivação do Vasco na ação é evitar o que aconteceu com o Standard Liége. Outro ponto que fez a associação ingressar com o processo foi uma precaução para que o Cruzmaltino não fosse utilizado como moeda de troca por dívidas em uma eventual falência da 777.

Fonte: Uol

1 comentário
  • Negociar o Vasco da Gama com José Roberto Lamacchia, que é um dos principais investidores da Crefisa, a patrocinadora do Palmeiras, pode levantar preocupações sobre a autonomia e o futuro competitivo do clube carioca. Pontos a considerar: 1. **Conflito de Interesses**: A proximidade com a Crefisa pode fazer com que o Vasco se torne uma espécie de “satélite” do Palmeiras, onde talentos poderiam ser transferidos para o clube paulista, prejudicando o crescimento do Vasco. 2. **Independência**: A dependência financeira de um investidor ligado a um clube rival pode limitar as decisões estratégicas e operacionais do Vasco, tornando difícil manter uma postura competitiva independente. 3. **Desconfiança da Torcida**: A torcida pode enxergar essa negociação como uma ameaça à identidade e à autonomia do clube, gerando insatisfação e resistência. 4. **Foco no Desenvolvimento**: Em vez de buscar soluções que podem comprometer a independência, o Vasco poderia explorar parcerias que não envolvam potenciais conflitos de interesse, focando em desenvolvimento sustentável e fortalecimento de suas categorias de base. Portanto, negociar com Lamacchia poderia ser arriscado, potencialmente transformando o Vasco em um clube secundário em relação ao Palmeiras.

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